Um ano no Canadá – Parte I


Completei 1 ano no Canadá nessa semana, mais precisamente no dia 19 de agosto, e a sensação é que o tempo passou bem rápido. Para comemorar, decidi fazer um resumão do que aconteceu comigo nesse primeiro ano que morei fora do Brasil. Quer saber como está sendo a minha adaptação ao país gelado? Continue a leitura que eu vou contar tudo...

Trabalho: ganhando em dólar
Passei por duas experiências de trabalho bem diferentes uma da outra. A primeira foi mais informal em uma pequena livraria infantil muito fofa, a Loustic. Quem me empregou foi uma brasileira que já mora por aqui há alguns anos e, depois de trabalhar bastante no mercado editorial, resolveu que havia chegado a hora de ter o seu próprio negócio. 

Bacana demais os dois meses que fiquei lá, pois perdi o medo de falar com os clientes em uma língua que não é a minha de origem. Além disso, eu realizava diversas tarefas diferentes como: caixa, atendimento, reposição de mercadorias etc.

Depois, eu consegui uma vaga de vendedora no setor de pintura do Home Depot, uma loja gigante de materiais de construção. Foi uma oportunidade legal de aprender mais sobre como utilizar cores na decoração e pintar a casa. Lá eu atendia a clientela e fazia as tintas nas máquinas computadorizadas. Era divertido ver os pigmentos formando cores lindas e diversas.

O meu contrato era temporário e não foi renovado no final dos quatro meses. Acredito que muito pelo fato de eu ter ficado grávida nesse meio tempo, pois me deram um feedback bastante positivo da minha atuação e que até tenho chance de voltar a trabalhar lá. Então, posso dizer que valeu a pena para saber como é o dia a dia em uma grande marca de varejo. Tendo que bater ponto certinho, recebendo por hora e inserida num ambiente com pessoas de diferentes culturas e origens. 

Línguas: Francês & Inglês
Estou falando as duas línguas com mais tranquilidade, mas ainda sem fluência. Consigo me virar super bem para comprar algo no comércio ou numa entrevista de emprego.

Meu maior trunfo é o ouvido e tenho bastante facilidade em entender o que me dizem, o que é claro, facilita a comunicação. Só que tem horas que me falta vocabulário e bate uma grande insegurança. Principalmente quando eu quero me posicionar com mais firmeza em alguma situação.

Nesse período terminei os dois módulos avançados do Curso de Francês Oral (Francisation) gratuito da universidade UQAM, voltado para a cultura local. Em seguida, comecei a frequentar o Curso de Francês Escrito - também gratuito -, mas não consegui dar continuidade. Com a gravidez e o trabalho estava ficando exausta.

Mas, deixa o bebê ficar maiorzinho que eu volto a estudar. Só que dessa vez vou me focar no inglês mesmo. Ele ainda não está tão afiado e sinto que preciso de mais base para conseguir um emprego em um escritório ou na área de comunicação.

Dinheiro: conseguindo crédito na praça
Quando a gente chega é um “Zé Ninguém” para os bancos. Ainda mais por termos deixado o dinheiro da venda do nosso apartamento investido no Brasil. Só que com o tempo e pagando as contas em dia, ou seja, mostrando que é uma pessoa honesta você vai construindo seu histórico de crédito e tudo vai ficando mais fácil. 

Após as chatas primeiras recusas: para termos um cartão de crédito e quando pedimos o financiamento de um sofá, a maré mudou. 

Começaram a nos ligar para oferecer crédito. Agora já temos 3 cartões e conseguimos a aprovação do financiamento para a compra de um veículo zero quilômetros. Isso sem dar um dólar de entrada, sem juros e em 84 parcelas. Melhor que Casas Bahia ou Sylvia Design!

 Como o post iria ficar gigante, decidi dividi-lo em dois. Amanhã eu coloco a Parte II no ar. Mas, se você perdeu o começo dessa história e quer saber como vim parar no Canadá dê uma lida em: 
De mudança para o Canadá
Espero que tenha gostado de saber as minhas experiências. Beijos,

Comentários

  1. Adorei saber mais sobre sua vida aí, Nanda! Me identifiquei com algumas coisas... Sei bem como é entender a língua, mas faltar vocabulário. Minha memória é péssima! Também passamos por sermos "zé ninguém". O cartão de crédito começou com 50 euros de limite e foi crescendo a cada mês... Mas no final das contas nem usamos com frequência, perdemos totalmente o costume. Quanto a ganhar dinheiro, já trabalhei aqui e não gostei (pra não dizer odiei).
    Quero ver a segunda parte! Bjos =*

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    1. Oi Carla, acho que todos os expatriados se identificam um pouco, né?
      Ruim que tua experiência de trabalho foi negativa. Mas, é isso mesmo altos e baixos. Nenhum país é perfeito. Te espero para a parte 2. Beijos da Nanda

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  2. Nanda, estou amando o seu blog!
    Até pq tenho um grande sonho de morar fora!
    Vendo experiências como as sua que as poucos vai dando tudo certo fico mais animada!

    Aproveitando​​, gostaria de te convidar para conhecer o meu cantinho! Lá eu conto um pouquinho do meu drama de recém-casada, que não sabe fazer quase nada em casa! www. Blog Dona Ingrid.com
    beijos

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    1. Que legal que está gostando, Ingrid. Fico beeeeem contente, viu?

      Dei uma passadinha no seu blog e achei lindo. Vou coltar lá com mais calma para ler e comentar.
      Beijos da Nanda

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  3. Olá, Nanda! É sempre interessante conhecer a experiência de quem sai do Brasil para outros países. Tudo é tão diferente: idioma, hábitos, cultura! Acredito que seja desafiador e, ao mesmo tempo, um aprendizado que acrescenta muito! Que bom que você está tendo uma ótima adaptação! Voltarei para ler a segunda parte! Bjs

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    1. Oi Lu, realmente é um aprendizado diário muito gostoso. Obrigada pela visita e pelo comentário.
      Beijos da Nanda

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  4. Nanda, minha flor!
    Experiências sempre nos enriquecem, né?
    Acho que é uma das compensações, já que a ansiedade que o novo causa é sempre grande, não é msm?
    Quero parabeniza-la pela ousadia em aceitar esse desafio!

    Bjs com carinho e admiração!
    Deus abençoe!

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    1. Obrigada pelos parabéns, querida amiga Karin. Realmente foi um desafio e tanto. Mas, agradeço a Deus por estar levando uma vida com muita qualidade por aqui.
      Beijos da Nanda

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  5. Lilly, é para mim o sentido de ter um blog é o de compartilhar um pouquinho da nossa vida. Seilá, sou assim e não conseguiria se fosse de outra forma.

    Obrigada pelos votos e saiba que te desejo tudo de bom também.
    Beijos da Nanda

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Fico contente em saber a sua opinião. Obrigada pela visita. Com carinho, Nanda