Apaixonada por Montréal, Mudando para Ottawa


 
Promoções na rua Ste-Catherine em Montréal

Conforme prometido no último post, vou contar como fui morar na capital do Canadá. Mas, para isso quero voltar lá no ano de 2011. Quando meu namorado e eu começamos o Plano Canadá eu avisei que não queria ficar me mudando de cidade a toda hora. Expliquei que um recomeço em um país já era um desafio imenso e que eu precisa criar raízes para florescer. Eu tenho bons amigos de longa data no Brasil e construir uma rede de apoio é algo imprensindível para mim.

Ok, chegou o verão de 2013 e mudamos para a vibrante Montréal! Focada em me adaptar na província do Québec mergulhei na francisation dentro e fora da sala de aula. Procurei ouvir estações de rádio locais, assistir programas de TV, tudo que ajudasse a me familiarizar com a cultura francófona local. 

Até na hora de voltar a estudar, optei por estudar em francês. Fiz um DEP en Secrétariat, um curso integral de 2016 a 2017 (período que abandonei o blog e me foquei nos estudos). O curso foi ótimo e com certeza será tema de um post aqui sobre transição de carreira. Logo depois de formada, eu consegui um estágio no governo, seguido de um trabalho temporário e então um trabalho que se encaminhava para se tornar permanente, mas aí mudamos de cidade... 

Vivemos 5 anos em Montréal e eu me sentia em casa. Fizemos um círculo de amizades maravilhoso! Adorava andar de metro pela cidade, passear na rue Ste-Catherine e no Vieux-Port (post sobre aqui), curtir os festivais gratuítos tanto no verão quanto no inverno.
Grávida no Old Port em Montréal no verão de 2014

Pra completar, a comunidade brasileira na cidade é bem grande e você encontra prestadores de serviço brasileiros para tudo. Saudades da minha querida podóloga, da depiladora, das cabeleireiras e de ir comer na Padoca.

A grande maioria das pessoas questiona se mudamos por conta do trabalho do meu marido, que é o fator motivante da maioria das pessoas. Mas não, um dos motivos da nossa mudança, como contei no blog Baianos no Polo Norte, foi para que o nosso filho pudesse estudar em inglês. O link para conferir esse post está aqui.

Mas, teve também um motivo bem pessoal e que pensei bastante antes de tornar público. Aos 3 anos de idade nosso filho foi diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Como você pode imaginar, foi um grande choque! Afinal, eu me descobri portadora do gene que foi passado para ele. Ele começou a ser atentido no Montreal Children’s Hospital por alguns dos especialistas, mas ficamos na fila de espera para conseguir uma consulta com um médico neuromuscular que é essencial no sucesso desse tratamento.

Em paralelo, meu marido começou a pesquisar aonde no Canadá haveria tratamentos melhores e, por sorte, nem precisamos nos mudar para tão longe, o melhor hospital no quesito de pediatria neuromuscular no Canadá é o CHEO em Ottawa. Bom, se não bastasse isso, o médico especialista aceitou ele como paciente mesmo conosnco vivendo ainda na outra cidade. Era o sinal verde que precisavamos para vender a casa e mudar de província. Dois anos depois tenho certeza que foi uma ótima escolha. Mas, nem por isso foi fácil. No próximo post eu conto mais sobre os altos e baixos de uma mudança provincial. Por hora, te convido para me acompanhar pelo @sala_nanda_canada

Um beijo,

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